R. O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre.
Referências: Rm 11.36; 1Co 10.31; Sl 73.25-26; Is 43.7; Rm 14.7-8; Ef 1.5-6; Is 60.21;
61.3.
R. A Palavra de Deus, que se acha nas Escrituras do Velho e do Novo Testamentos, é a
única regra para nos dirigir na maneira de o glorificar e gozar.
Ref. Lc 24.27, 44; 2Pe 3.2, 15-16; 2Tm 3.15-17; Lc 16.29-31; Gl 1.8-9; Jo 15.10-11; Is
8.20; Hb 1:1 comparado com Lc 1.1-4 e Jo 20.30-31.
R. A coisa principal que as Escrituras nos ensinam é o que o homem deve crer acerca de
Deus, o dever que Deus requer do homem.
Ref. Jo 5.39; 20.31; Sl 119.105; Rm 15.4; 1Co 10.11.
R. Deus é espírito, infinito, eterno e imutável em seu ser, sabedoria, poder, santidade,
justiça, bondade e verdade.
Ref. Jo 4.24; Êx 3.14; Sl 145.3; 90.2; Tg 1.17; Rm 11.33; Gn 17.1, Ap 4.8; Êx 34.6-7.
R. Há só um Deus, o Deus vivo e verdadeiro.
Ref. Dt 6.4; 1Co 8.4; Jr 10.10; Jo 17.3.
R. Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e estas três são um
Deus, da mesma substância, iguais em poder e glória.
Ref. Mt 3.16-17; 28.19; 2Co 13.13; Jo 1.1; 3.18; At 5.3-4; Hb 1.3; Jo 10.30.
R. Os decretos de Deus são o seu eterno propósito, segundo o conselho da sua vontade,
pelo qual, para sua própria glória, Ele predestinou tudo o que acontece.
Ref. Rm 11.36; Ef 1.4-6, 11; At 2.23; 17.26; Jo 21.19; Is 44.28; At 13.48; 1Co 2.7; Ef
3.10-11.
R. Deus executa os seus decretos nas obras da criação e da providência.
Ref. Ap 4.11; Dn 4.35; Is 40.26; 14.26-27; 46.9-11; At 4.24.
R. A obra da criação é aquela pela qual, Deus fez todas as coisas do nada, no espaço de
seis dias, e tudo muito bem.
Ref. Gn 1; Hb 11.3; Sl 33.9; Gn 1.31.
R. Deus criou o homem macho e fêmea, conforme a sua própria imagem, em
conhecimento, retidão e santidade com domínio sobre as criaturas.
Ref. Gn 1.27-28; Cl 3.10; Ef 4.24; Rm 2.14-15; Sl 86-8.
R. As obras da providência de Deus são a sua maneira muito santa, sábia e poderosa de
preservar e governar todas as suas criaturas, e todas as ações delas.
Ref. Sl 145.17; 104.10-24; Hb 1.3; Mt 10.29-30; Os 2.6.
R. Quando Deus criou o homem, fez com ele um pacto de vida, com a condição de
perfeita obediência: proibindo-lhe comer da árvore da ciência do bem e do mal, sob pena
de morte.
Ref. Gl 3.12; Gn 2.17.
R. Nossos primeiros pais, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, caíram do
estado em que foram criados, pecando contra Deus.
Ref. Rm 5.12; Gn 3.6.
R. Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus, ou qualquer transgressão desta lei.
Ref. Tg 2.10; 4.17; 1Jo 3.4.
R. O pecado pelo qual nossos primeiros pais caíram do estado em que foram criados foi o
comerem do fruto proibido.
Ref. Gn 3.12-13; Os 6.7.
R. Visto que o pacto foi feito com Adão não só para ele, mas também para sua
posteridade, todo gênero humano que dele procede por geração ordinária, pecou nele e
caiu com ele na sua primeira transgressão.
Ref. Gn 1.28; At 17.26; 1Co 15.21-22; Rm 5.12-14.
R. A queda reduziu o gênero humano a um estado de pecado e miséria.
Ref. Rm 5.12.
R. O estado de pecado em que o homem caiu consiste na culpa do primeiro pecado de
Adão, na falta de retidão original e na corrupção de toda a sua natureza, o que
ordinariamente se chama Pecado Original, juntamente com todas as transgressões atuais
que procedem dele.
Ref. Rm 5.18-19; Ef 2.1-3; Rm 8.7-8; Sl 51.5.
R. Todo o gênero humano pela sua queda perdeu comunhão com Deus, está debaixo da
sua ira e maldição, e assim sujeito a todas as misérias nesta vida, à morte e às penas do
Inferno para sempre.
Ref. Gn 3.8, 24; Ef 2.3; Rm 6.23; Mt 25.41-46.
R. Tendo Deus, unicamente pela sua boa vontade desde toda a eternidade, escolhido
alguns para a vida eterna, entrou com eles em um pacto de graça, para os livrar do
estado de pecado e miséria, e trazer a um estado de salvação por meio de um Redentor.
Ref. Ef 1.4; Tt 1.2; 3.4-7; Jo 17.6.
R. O único redentor dos escolhidos de Deus é o Senhor Jesus Cristo que, sendo o eterno
Filho de Deus, se fez homem, e assim foi e continua a ser Deus e homem em duas
naturezas distintas, e uma só pessoa, para sempre.
Ref. 1Tm 2.5; Jo 1.14; Rm 9.5; Cl 2.9; Hb 13.8.
R. Cristo, o Filho de Deus, fez-se homem tomando um verdadeiro corpo, e uma alma
racional, sendo concebido pelo poder do Espírito Santo no ventre da virgem Maria, e
nascido dela, mas sem pecado.
Ref. Hb 2.14; Mt 26.38; Lc 2.52; 1.31, 35; Hb 4.15.
R. Cristo, como nosso Redentor, exerce as funções de profeta, sacerdote e rei, tanto no
seu estado de humilhação como no de exaltação.
Ref. At 3.22; Hb 5.5-6; Sl 2.6; Jo 1.49.
R. Cristo exerce as funções de profeta, revelando-nos, pela sua Palavra e pelo seu
Espírito, a vontade de Deus para a nossa salvação.
Ref. Jo 1.18; Hb 1.1-2; Jo 14.26; 16.13.
R. Cristo exerce as funções de sacerdote, oferecendo-se a si mesmo uma vez em
sacrifício, para satisfazer a justiça divina, reconciliar-nos com Deus e fazendo contínua
intercessão por nós.
Ref. Hb 9.28; Rm 3.24-26; 10.4; Hb 2.17; 7.25; Is 53.12.
R. Cristo exerce as funções de rei, sujeitando-nos a si mesmo, governando-nos e
protegendo-nos, contendo e subjugando todos os seus e os nossos inimigos.
Ref. Sl 110.3; At 2.36; 18.9-10; Is 9.6-7; 1Co 15.26-27.
R. A humilhação de Cristo consistiu em Ele nascer, e isso em condição baixa, feito sujeito à lei; em sofrer as misérias desta vida, a ira de Deus e amaldiçoada morte na cruz; em ser
sepultado, e permanecer debaixo do poder da morte durante certo tempo.
Ref. Lc 2.7; Fp 2.6-8; Gl 4.4; 3.13; Is 53.3; Mt 27.43; 1Co 15.3-4.
R. A exaltação de Cristo consiste em Ele ressurgir dos mortos no terceiro dia; em subir ao
Céu e estar sentado à mão direita de Deus Pai, e em vir para julgar o mundo no último
dia.
Ref. 1Co 15.4; Ef 1.20-21; At 17.31.
R. Tornamo-nos participantes da redenção adquirida por Cristo pela eficaz aplicação dela a
nós pelo Seu Santo Espírito.
Ref. Jo 1.12; 3.5-6; Tt 3.5-6.
R. O Espírito aplica-nos a redenção adquirida por Cristo, operando em nós a fé, e unindonos
a Cristo por meio dela em nossa vocação eficaz.
Ref. Gl 2.20; Ef 2.8; 1Co 12.12-13.
R. Vocação eficaz é a obra do Espírito Santo, pela qual, convencendo-nos do nosso
pecado, e da nossa miséria, iluminando nossos entendimentos pelo conhecimento de
Cristo, e renovando a nossa vontade, nos persuade e habilita a abraçar Jesus Cristo, que
nos é oferecido de graça no Evangelho.
Ref. 1Ts 2.13; At 2.37; 26.18; Ez 36.25-27; 2Tm 1.9; Fp 2.13; Jo 6.37, 44-45.
R. Aqueles que são eficazmente chamados, gozam, nesta vida, da justificação, adoção e
santificação, e das diversas bênçãos que acompanham estas graças ou delas procedem.
Ref. Rm 8.30; Ef 1.5; 1Co 1.30
R. Justificação é um ato da livre graça de Deus, no qual Ele perdoa todos os nossos
pecados, e nos aceita como justos diante de Si, somente por causa da justiça de Cristo a
nós imputada, e recebida só pela fé.
Ref. Ef 1.7; 2Co 5.21; Rm 4.6; 5.18; Gl 2.16.
R. Adoção é um ato de livre graça de Deus, pelo qual somos recebidos no número dos
filhos de Deus, e temos direito a todos os seus privilégios.
Ref. 1Jo 3.1; Jo 1.12; Rm 8.14-17.
R. É a obra da livre graça de Deus, pela qual somos renovados em todo o nosso ser,
segundo a imagem de Deus, e habilitados a morrer cada vez mais para o pecado e a viver
para a retidão.
Ref. 1Pe 1.2; Ef 4.20-24; Rm 6.6; 12.1-2.
R. As bênçãos que nesta vida acompanham a justificação, adoção e santificação, ou delas
procedem, são: certeza do amor de Deus, paz de consciência, gozo no Espírito Santo,
aumento de graça, e perseverança nela até ao fim.
Ref. Rm 5.1-5; 14.17; Jo 1.16; Fp 1.6; 1Pe 1.5.
R. As almas dos fiéis na hora da morte são aperfeiçoadas em santidade, e imediatamente
entram na glória; e os corpos que continuam unidos Cristo, descansam na sepultura até a
ressurreição.
Ref. Ap 14.13; Lc 23.43; At 7.55, 59; Fp 1.23; 1Ts 4.14; Jo 5.28-29; 14.2-3; Hb 12.22-23.
R. Na ressurreição, os fiéis, sendo ressuscitados em glória, serão publicamente
reconhecidos e absolvidos no dia de juízo, e tornados perfeitamente felizes no pleno gozo
de Deus por toda a eternidade.
Ref. 1Co 15.43; Mt 10.32; 25.34; Sl 16.11.
R. O dever que Deus exige do homem é obediência à sua vontade revelada.
Ref. Mq 6.8; Lc 10.27-28; Gn 17.1.
R. A regra que Deus revelou primeiramente ao homem para sua obediência foi a lei moral.
Ref. Rm 2.14-15
R. A lei moral está resumidamente compreendida nos dez mandamentos.
Ref. Dt 10.4; Mt 19.17-19.
R. Os dez mandamentos se resumem em amar ao Senhor nosso Deus de todo o nosso
coração, de toda a nossa alma, de todas as nossas forças e de todo o nosso
entendimento; e ao nosso próximo como a nós mesmos.
Ref. Mt 22-37-40.
R. O prefácio dos dez mandamentos é: “Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do
Egito, da casa da servidão.”
Ref. Êx 20.2.
R. O prefácio dos dez mandamentos ensina-nos que nós temos obrigação de guardar
todos os mandamentos de Deus, por ser Ele o Senhor nosso Deus e Redentor.
Ref. Dt 11.1; 1Pe 1.15-19.
R. O primeiro mandamento é: “Não terás outros deuses além de mim.”
Ref. Êx 20.3.
R. O primeiro mandamento exige de nós o conhecer e reconhecer a Deus como o único
Deus verdadeiro, e nosso Deus; e como tal adorá-lo.
Ref. 1Cr 28.9; Dt 26.17; Sl 95.6-7.
R. O primeiro mandamento proíbe o negar, ou deixar de adorar ou glorificar ao verdadeiro
Deus, como Deus, e nosso Deus; e dar a qualquer outro a adoração e a glória que só a
Ele são devidas.
Ref. Sl 14.1; Rm 1.20-21, 25; Sl 8.11.
R. As palavras “além de mim,” no primeiro mandamento, ensinam-nos que Deus, que vê
todas as coisas, toma conhecimento e muito se ofende do pecado de ter-se em seu lugar
outro deus.
Ref. Sl 139.1-3; Dt 30.17-18.
R. O segundo mandamento é: “Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma
de tudo que há em cima no Céu, e do que há embaixo na terra, nem de coisa alguma que
haja nas águas, debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o
Senhor teu Deus, o Deus zeloso, que vinga a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e
quarta geração daqueles que me aborrecem; e que usa de misericórdia com milhares
daqueles que me amam e que guardam os meus preceitos.”
Ref. Êx 20.4-6.
R. O segundo mandamento exige que recebamos, observemos e guardemos puros e
inteiros todo o culto e ordenanças religiosas que Deus instituiu na sua Palavra.
Ref. Dt 12.32; Mt 28.20; Jo 4.23-24.
R. O segundo mandamento proíbe o adorar a Deus por meio de imagens, ou de qualquer
outra maneira não prescrita na sua Palavra.
Ref. Rm 1.22-23; 2Rs 18.3-4.
R. As razões anexas ao segundo mandamento são a soberania de Deus sobre nós, a sua
propriedade em nós em nós, e o zelo que Ele tem pelo seu culto.
Ref. Sl 45.11; 100.3; Êx 34.14; 1Co 10.22.
R. O terceiro mandamento é: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar em vão o nome do Senhor seu Deus.”
Ref. Êx 20.7.
R. O terceiro mandamento exige o santo e reverente uso dos nomes, títulos, atributos,
ordenanças, palavras e obras de Deus.
Ref. Sl 29,2; Ap 15.3-4; Ec 5.1; Sl 138.2; 104.24.
R. O terceiro mandamento proíbe toda a profanação ou abuso das coisas por meio das
quais Deus se faz conhecer.
Ref. Lv 19.12; Mt 5.34-35.
R. A razão anexa ao terceiro mandamento é que, embora os transgressores deste
mandamento escapem do castigo dos homens, o Senhor nosso Deus não os deixará
escapar do seu justo juízo.
Ref. Dt 28.58-59.
R. O quarto mandamento é: “Lembra-te de santificar o dia do Sábado. Trabalharás seis
dias, e farás nele tudo o que tens para fazer. O sétimo dia, porém, é o Sábado do Senhor
teu Deus. Não farás nesse dia, obra alguma, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o
teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o peregrino que vive das tuas portas
para dentro. Porque o Senhor fez em seis dias o céu, a terra e o mar, e tudo o que neles
há, e descansou no sétimo dia. Por isso o Senhor abençoou o dia sétimo e o santificou.”
Ref. Êx 20. 8.11.
R. O quarto mandamento exige que consagremos a Deus os tempos determinados em sua
Palavra, particularmente um dia inteiro em cada sete, para ser um dia de santo descanso
a Ele dedicado.
Ref. Lv 19.30; Dt 5.12.
R. Desde o princípio do mundo até à ressurreição de Cristo, Deus designou o sétimo dia
da semana para o descanso semanal; e desde então o primeiro dia da semana para
continuar sempre até ao fim do mundo, que é o Sábado cristão, ou Domingo.
Ref. Gn 2.3; Êx 16.23; At 20.7; 1Co 16.1-2; Ap 1.10.
R. Deve-se santificar o Domingo com um santo repouso por todo aquele dia, mesmo das
ocupações e recreações temporais que são permitidas nos outros dias; empregando todo
o tempo em exercícios públicos e particulares de adoração a Deus, exceto o tempo preciso
para as obras de pura necessidade e misericórdia.
Ref. Lv 23.3; Is 58.13-14; Mt 12.11-12; Mc 2.27-28.
R. O quarto mandamento proíbe a omissão ou a negligência no cumprimento dos deveres
exigidos, e a profanação deste dia por meio de ociosidade ou por fazer aquilo que é em si
mesmo pecaminoso, ou por desnecessários pensamentos, palavras, ou obras acerca de
nossos negócios e recreações temporais.
Ref. Jr 17.21; Lc 23.56
R. As razões anexas ao quarto mandamento são: a permissão que Deus nos concede de
fazermos uso dos seis dias da semana para os nossos interesses temporais; o reclamar ele
para si a propriedade especial do dia sétimo, o seu próprio exemplo, e a benção que ele
conferiu ao dia do descanso.
Ref. Êx 31. 15-16; Lv 23.3; Êx 31.17; Gn 2.3.
R. O quinto mandamento é: “Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma dilatada vida
sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.”
Ref. Êx 20.12.
R. O quinto mandamento exige a conservação da honra e o desempenho dos deveres
pertencentes a cada um em suas diferentes condições e relações, como superiores,
inferiores, ou iguais.
Ref. Ef 6.1-3; Rm 13.1-2; 12.10.
R. O quinto mandamento proíbe negligenciarmos ou fazermos alguma coisa contra a
honra e dever que pertencem a cada um em suas diferentes condições e relações.
Ref. Rm 13.7-8.
R. A razão anexa ao quinto mandamento é uma promessa de longa vida e prosperidade
(quanto sirva para glória de Deus e bem do homem) a todos aqueles que guardam este
mandamento.
Ref. Ef 6.2-3.
R. O sexto mandamento é: “Não matarás.”
Ref. Êx 20.13.
R. O sexto mandamento exige todos os esforços lícitos para conservar a nossa vida e a
dos nossos semelhantes.
Ref. Sl 132.3-4; At 27.33-34; Rm 12.20-21; Lc 10.33-37.
R. O sexto mandamento proíbe o tirar a nossa própria vida, ou a do nosso próximo
injustamente, e tudo aquilo que para isso concorre.
Ref. At 16.28; Gn 9.6; Dt 24.6; Pv 24.11-12; 1Jo 3.15.
R. O sétimo mandamento é: “Não adulterarás.”
Ref. Êx 24.14.
R. O sétimo mandamento exige a conservação da nossa própria castidade, e da do nosso
próximo, no coração, nas palavras e nos costumes.
Ref. 1Ts 4.4; Ef 4.29; 5.11-12; 1Pe 3.2.
R. O sétimo mandamento proíbe todos os pensamentos, palavras e ações impuras.
Ref. Mt 5.28; Ef 5.3-4.
R. O oitavo mandamento é: “Não furtarás.”
Ref. Êx 20.15.
R. O oitavo mandamento exige que procuremos o lícito adiantamento das riquezas e do
estado exterior, tanto nosso como do nosso próximo.
Ref. Pv. 27.23; 22.1-14; Fl 2.4; Êx 23.4-6.
R. O oitavo mandamento proíbe tudo o que impede ou pode impedir injustamente o
adiantamento da riqueza ou do bem-estar, tanto nosso como do nosso próximo.
Ref. Pv 28.19; 1Tm 5.8; Tg 5.1-4.
R. O nono mandamento é: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.”
Ref. Êx 20.16.
R. O nono mandamento exige a conservação e promoção da verdade entre os homens, e
a manutenção da nossa boa reputação, e a do nosso próximo, especialmente quando
somos chamados a dar testemunho.
Ref. Ef 4.25; 1Pe 3.16; At 25.10; 3Jo 12; Pv 14.5, 25; Mt 5.37.
R. O nono mandamento proíbe tudo o que é prejudicial à verdade, ou injurioso, tanto à
nossa reputação como à do nosso próximo.
Ref. Cl 3.9; 2Co 8.20-21; Sl 15.3; 12.3.
R. O décimo mandamento é : “Não cobiçarás a casa do teu próximo; não desejarás a sua
mulher, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa
alguma que lhe pertença.”
Ref. Êx 20.17.
R. O décimo mandamento exige o pleno contentamento com a nossa condição, bem como
disposição caridosa para com o nosso próximo e tudo o que lhe pertence.
Ref. Hb 13.5; 1Tm 6.6-10; Lv 19.18; 1Co 13.4-6.
R. O décimo mandamento proíbe todo o descontentamento com a nossa condição, todo o
movimento de inveja ou pesar à vista da prosperidade do nosso próximo e todas as
tendências ou afeições desordenadas a alguma coisa que lhe pertence.
Ref. 1Co 10.10; Gl 5.26; Cl 3.5; 1Tm 6.6-10.
R. Nenhum mero homem, desde a queda de Adão, é capaz, nesta vida, de guardar
perfeitamente os mandamentos de Deus, mas diariamente os quebranta por
pensamentos, palavras e obras.
Ref. Rm 3.9-10; Tg 3.2.
R. Alguns pecados em si mesmos, e em razão de circunstâncias agravantes, são mais
odiosos à vista de Deus do que outros.
Ref. Sl 19.13; Mt 11.24; Lc 12.10; Hb 2.2-3.
R. Cada pecado merece a ira e a maldição de Deus, tanto nesta vida como na vindoura.
Ref. Gl 3.10; Tg 2.10; Mt 25.41.
R. Para escaparmos à ira e maldição de Deus, em que temos incorrido pelo pecado, Deus
exige de nós fé em Jesus Cristo e arrependimento para a vida, com o uso diligente de
todos os meios exteriores pelos quais Cristo nos comunica as bênçãos da redenção.
Ref. At 20.21; 2Pe 1.10; Hb 2.3; 1Tm 4.16.
R. Fé em Jesus Cristo é uma graça salvadora, pela qual o recebemos e confiamos só nEle
para a salvação, como Ele nos é oferecido.
Ref. At 16.31; Hb 10.39; Jo 1.12; Fp 3.9; Ap 22.17.
R. Arrependimento para a vida é uma graça salvadora pela qual o pecador, tendo um
verdadeiro sentimento do seu pecado e percepção da misericórdia de Deus em Cristo, se
enche de tristeza e de horror pelos seus pecados, abandona-os e volta para Deus,
inteiramente resolvido a prestar-lhe nova obediência.
Ref. 2Co 7.10; At 2.37; Lc 1.77-79; Jr 31.18-19; Rm 6.18.
R. Os meios exteriores e ordinários pelos quais Cristo nos comunica as bênçãos da
redenção, são as suas ordenanças, especialmente a Palavra, os sacramentos e a oração;
as quais todas se tornam eficazes aos eleitos para a salvação.
Ref. At 2.41-42.
R. O Espírito de Deus torna a leitura e especialmente a pregação da Palavra, meios
eficazes para convencer e converter os pecadores, para os edificar em santidade e
conforto, por meio da fé para a salvação.
Ref. Ne 8.8; At 20.32; Rm 15.4; 2Tm 3.15.
R. Para que a Palavra se torne eficaz para a salvação, devemos ouvi-la com diligência,
preparação e oração; recebê-la com fé e amor, guardá-la em nossos corações e praticá-la
em nossas vidas.
Ref. Dt 6.6-7; 1Pe 2.1-2; Sl 119.11-18; Rm 1.16; 2Ts 2.10; Tg 1.21-25.
R. Os sacramentos tornam-se meios eficazes para a salvação, não por alguma virtude que
eles ou aqueles que os ministram tenham, mas somente pela bênção de Cristo e pela obra
do seu Espírito naqueles que pela fé os recebem.
Ref. 1Pe 3.21; Rm 2.28-29; 1Co 12.13; 10.16-17.
R. Um sacramento é uma santa ordenança, instituída por Cristo, na qual, por sinais
sensíveis, Cristo e as bênçãos do novo pacto são representadas, seladas e aplicadas aos
crentes.
Ref. Mt 26.26-28; 28.19; Rm 4.11.
R. Os sacramentos do Novo Testamento são o Batismo e a Ceia do Senhor.
Ref. At 10.47-48; 1Co 11.23-26.
R. O Batismo é o sacramento no qual o lavar com água em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo significa e sela a nossa união com Cristo, a participação das bênçãos do
pacto da graça, e a promessa de pertencermos ao Senhor.
Ref. Mt 28.19; Jo 3.5; Rm 6.1-11; Gl 3.27.
R. O Batismo não deve ser ministrado àqueles que estão fora da igreja visível, enquanto
não professarem sua fé em Cristo e obediência a Ele; mas os filhos daqueles que são
membros da igreja visível devem ser batizados.
Ref. At 18.8; Gn 17.7-14; At 2.38-39; 1Co 7.14.
R. A Ceia do Senhor é o sacramento no qual, dando-se e recebendo-se pão e vinho,
conforme a instituição de Cristo, se anuncia a sua morte, e aqueles que participam
dignamente tornam-se, não de uma maneira corporal e carnal, mas pela fé, participantes
do seu corpo e do seu sangue, com todas as suas bênçãos para o seu alimento espiritual
e crescimento em graça.
Ref. 1Co 11.23-26; At 3.21; 1Co 10.16.
R. Exige-se daqueles que desejam participar dignamente da Ceia do Senhor que se
examine sobre o seu conhecimento em discernir o corpo do Senhor, sobre a sua fé para
se alimentarem dele, sobre o seu arrependimento, amor e nova obediência; para não
suceder que, vindo indignamente, comam e bebam para si a condenação.
Ref. 1Co 11.27; 31-32; Rm 6.17-18.
R. A Oração é um santo oferecimento dos nossos desejos a Deus, por coisas conformes
com a sua vontade, em nome de Cristo, com a confissão dos nossos pecados, e um
agradecido reconhecimento das suas misericórdias.
Ref. Sl 10.17; 145.19; 1Jo 5.14; 1.9; Jo 16.23-24; Fp 4.6.
R. Toda palavra de Deus é útil para nos dirigir em oração, mas a regra especial de direção
é aquela forma de oração que Cristo ensinou aos seus discípulos, e que geralmente se
chama a Oração Dominical.
Ref. Rm 8.26; Sl 119.170; Mt 6.9-13.
R. O prefácio da Oração Dominical, que é: “Pai nosso que estás no Céu,” ensina-nos que
nos devemos aproximar de Deus com toda a santa reverência e confiança, como filhos a
um pai poderoso e pronto para nos ajudar, e também nos ensina a orar com os outros e
por eles.
Ref. Lc 11.13; Rm 8.15; 1Tm 2.1-2.
R. Na primeira petição que é: “Santificado seja o Teu nome” pedimos que Deus nos
habilite a nós e aos outros a glorificá-lo em tudo aquilo em que se dá a conhecer; e que
disponha tudo para sua glória.
Ref. Sl 67.1-3; Rm 11.36; Ap 4.11
R. Na segunda petição, que é: “Venha o Teu reino,” pedimos que o reino de Satanás seja
destruído e que o reino da graça seja adiantado; que nós e os outros a ele sejamos
guiados e nele guardados, e que cedo venha o reino da glória.
Ref. Sl 68.1; Jo 12.31; Mt 9.37-38; 2Ts 3.1; Rm 10.1; Ap 22.20.
R. Na terceira petição, que é: “Seja feita Tua vontade, assim na terra como no Céu,”
pedimos que Deus, pela sua graça, nos torne capazes e desejosos de conhecer a sua
vontade, de obedecer e submeter-nos a ela em tudo, como fazem os anjos no Céu.
Ref. Mt 24.39; Fp 1.9-11; Sl 103.20-21.
R. Na quarta petição, que é: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje,” pedimos que da livre
dádiva de Deus recebamos uma porção suficiente das coisas boas desta vida, e gozemos
com elas de suas bênçãos.
Ref. Pv 30.8-9; 1Tm 6.6-8; Pv 10.22.
R. Na quinta petição, que é: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também
perdoamos aos nossos devedores,” pedimos que Deus, por amor de Cristo, nos perdoe
gratuitamente os nossos pecados, o que somos animados a pedir, porque, pela Sua graça
somos habilitados a perdoar de coração ao nosso próximo.
Ref. Sl 51.1-2, 7; Mt 18.35.
R. Na sexta petição, que é: “E não nos deixes cair em tentação,” pedimos que Deus nos
guarde de sermos tentados a pecar, ou nos preserve e livre, quando formos tentados.
Ref. Mt 26.41; Sl 19.13; Jo 17.15; 1Co 10.13.
R. A conclusão da Oração Dominical, que é: “Porque Teu é o reino, o poder e a glória,
para sempre. Amém,” ensina-nos que na Oração devemos confiar somente em Deus, e
louvá-lO em nossas orações, atribuindo-Lhe reino, poder e glória. E em testemunho do
nosso desejo e certeza de sermos ouvidos, dizemos: Amém.
Ref. Dn 9.18-19; Fp 4.6; 1Cr 29.11-13; 1Co 14.16; Ap 22.20-21.
OS DEZ MANDAMENTOS
Êx 20.3-17
1. Não terás outros deuses além de mim.
2. Não farás para ti imagem de escultura, nem figura alguma de tudo que há em cima no céu, e do que há em baixo na terra, nem de coisa que haja nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto, porque Eu sou o Senhor teu Deus, o Deus zeloso, que vinga a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e que usa de misericórdia com milhares daqueles que me amam e que guardam os meus preceitos.
3. Não tomarás em vão o nome do Senhor teu Deus, porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar em vão o nome do Senhor seu Deus.
4. Lembra-te de santificar o dia de Sábado. Trabalharás seis dias e farás neles tudo o que tens para fazer. O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nesse dia obra alguma, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu animal, nem o peregrino que vive das tuas portas para dentro. Porque o Senhor fez em seis dias o céu e a terra, e tudo o que neles há, e descansou no sétimo e o santificou.
5. Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma vida dilatada sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.
6. Não matarás.
7. Não adulterarás.
8. Não furtarás.
9. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.
10. Não cobiçarás a casa de teu próximo; não desejarás a sua mulher, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença.
RESUMO DOS DEZ MANDAMENTOS
Lc 10.27
Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda tua a alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e ao teu próximo como a ti mesmo.
ORAÇÃO DOMINICAL
Mt 6.9-13
Pai nosso que estás nos Céus, santificado seja Teu nome; venha o Teu reino; seja feita a Tua vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal; porque Teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.
CREDO
Creio em Deus Pai, todo poderoso, Criador do céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, Seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; nasceu da Virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu em Hades; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao Céu; está sentado à mão direita de Deus Pai todo poderoso; donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na santa Igreja universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém.